15 de março de 2016

Delcídio, delatar, deletar

Pela foto, pode parecer que trocaram a peruca do Zacharias. Mas não tem trapalhada, não. Teve é delatada.

A questão é saber se a delatada do Fudelcídio vai virar deletada, e geral. Porque uma coisa é deletar o sans coulotte mais malandro que pulou o fosso com jacarés, se disfarçou de nobre, comeu a filha do Rei e acabou ocupando o trono. Esse, uma hora vai rodar, porque não sabe diferenciar o garfo de carne do de peixe.

Outra é deletar quem sempre foi dono do assento real, e com o camarilhato dos barões, marqueses, arquiduques, bispos e a tropa de cavaleiros. Esses sabem até o talher pra comer ouriço do mar. Com os cumprimentos da Coté d´Azur, verde e amarelo...

24 de janeiro de 2016

Repórter por um dia. Médico por um dia. Engenheiro por um dia...

Quer um prédio bem projetadinho? Vá num consultório de psicologia e peça pra esse profissional ser o arquiteto dele, mas só por um dia, vai.

Tá doente? Vá num escritório de advocacia, chame o engravatado em questão e, por um dia, peça que ele te socorra num piripaque.

Quer construir uma ponte? Vá numa estação meteorológica, marque o dia específico e leve o mapeador/mãe diná do clima pra calcular tudo.

Absurdo o que escrevi? Ué, não tem até quadro chamado Repórter Por Um Dia? Lá, ninguém tem pauta, faz apuração, não fazem texto ou editam e se resumem a falar tudo de nada sorridentes e até ansiosos, como se realmente estivessem fazendo uma matéria. E ainda assim terminam dizendo que foram repórteres por um dia...

18 de agosto de 2015

Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil

Por que, nessa patética briga de Camorra x Cosa Nostra que virou PT x PSDB, eu só consigo lembrar desse desenho animado pra ilustrar os embatentes??? Inclusive na parte em que a gente fica na frente da tevê, só assistindo??????

17 de junho de 2015

Partidos com botão legenda

PSDB - UDN com MBA.

PT - Sindicato dos Ladrões, agora em 3D.

PMDB - ARENA século 21.

PSD, PROS e SOLIDARIEDADE - PMDBs Jr.

DEM - Partido Odorico.

PP - Julio Lopes sem botox.

PTB - PP de carteira assinada.

PSB - PTB hype.

PDT e PPS - PTBs Jr.

PV - PPS com plantinha na janela

REDE - PV com plantinha e passarinho na janela

Psol - É o América-RJ: alguns malucos acham que é o diabo, outros que é querido por todo mundo.

Partido Novo - Coletivo de Eike Batista.

15 de junho de 2015

O Facebook e o Roupa Nova - 2

Eu não sou homofóbico e até tenho amigos gays e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu não sou racista e até tenho amigos negros e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu votei no Bolsonaro mas não sou homofóbico, racista, misógino ou autoritário e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu não tenho saudade de quando as empregadas eram emprescravas, mas que elas estão querendo coisas demais estão, e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu sou contra a corrupção do PT mas calo-me sobre a do PSDB e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu sou contra a corrupção do PSDB mas calo-me sobre a do PT e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu protesto sobre a Operação Lava-Jato mas não sobre a Zelotes e vou gritar pra todo mundo ouvir.

Eu protesto sobre a Operação Zelotes mas não sobre a Lava-Jato e vou gritar pra todo mundo ouvir.

29 de abril de 2015

Ai de ti, Abujamra...

Autor, iluminador, tradutor, crítico, ator, diretor de teatro e apresentador, introduziu no Brasil métodos teatrais de Bertolt Brecht e Roger Planchon, entre outros.

Montou "O marinheiro", de Fernando Pessoa, "O caso das petúnias", de Tennessee Williams e "A cantora careca" e "A lição", de Eugène Ionesco, entre outros.

Ganhou o Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira pela direção de A Cantora Careca, de Eugène Ionesco, em 1959. Melhor ator na peça teatral O Contrabaixo, de Patrick Suskind (1987/1995). Kikito, no Festival de Gramado, como melhor ator pelo filme Festa, em 1989. Prêmio Lifetime Achievement, como diretor, no XI Festival Internacional de Teatro Hispânico em Miami, em 1998, entre outros.

Aí, quando vi pelo Facebook quantos achavam que seu nome era Ravengar - mesmo com todo esse currículo -,  eu pude enfim entender porque Antônio Abujamra sempre começava o ótimo Provocações com "Aaaaai de mim..." e terminava com "O que é a vida?..."



19 de março de 2015

Achaca Brasil!

O teatral episódio do El Cid Gomes, alçado a cavaleiro da moralidade republicana por quem nunca acompanhou noticiário na vida, suscitou em mim uma séria reflexão: se existe meme e incorporação de expressões ao cotidiano pra tudo, por que não para "achaca"?

Por isso, buscando o melhor para o país - se Aécio Neves, Lula e Eduardo Cunha querem isso, por que não eu? - deixo aqui algumas sugestões de incorporações do termo em questão, para o nosso dia a dia:

Chaca chaca na buchaca = achaca achaca na buchaca

Chakabum (banda popfunkaxé avó das mulheres fruta) = Achacabum

Chicabon = Achacabom (caso alguém da elite branca azeda queira ridicularizar o popular picolé, por ainda não ter as versões meio amargo, amargo, avelã, amêndoas, pimenta, alfarroba, wasabi, cranberry, rum, licor etc)

Chakra desequilibrado = Achakra

Shaka Khan = Achaka Khan (caso não goste da cantora e queira implicar com algum fanzoca.)

Shaka de Virgo, dos Cavaleiros do Zodíaco = Ashaka de Virgo (caso queira sacanear alguém que seja extremamente politizado(a) e, ao mesmo tempo, uma mulher-menina que continua fanática pelo desenho ou uma borbofleta com a capacidade de mijar em pé na mesma condição.

Shaka (Rei Leão) = Ashaka (caso ele tenha se tornado um déspota, em função do natural absolutismo do ethos de um rei, logo merecedor de um apelido pejorativo.)

É isso. E assim como foi no discurso dele, se colar, colou...

16 de março de 2015

Democracia participativa para a classe média tradicional, em uma lição.

A proposta aqui é descrever o que é democracia participativa na língua que um classemediano tradicional realmente entenda. Tipo o klingon para o Sheldon. Pra situar melhor, o classemediano tradicional em questão é, na maioria das vezes, aquele que os avós votavam no Lacerda, os pais no Álvaro Vale e alguns filhos mais desgarrados até flertaram com Lula paz e amor na eleição de 2002, por conta da ilusória honestidade. E num reload, com a PeTrorroubalheira, voltaram ao Lacerda, mas em sua versão Hang Loose.

Essa língua, acredite, é o português!!! Mas usando o útil artifício da comparação... Podemos dizer que essa em específico usa, bem de leve, o método do vermelhista-cubanista-bolivarianista-subversivista Paulo Freire, já que recorre ao cotidiano particular para se fazer entender, entrando no imaginário neolacerdista para transmitir o conhecimento.

Então. Democracia participativa é mais ou menos assim:

Imagine-se voltando no tempo das emprescravas, poucos anos atrás, com o saudoso salário de 170 reais, quartinho nos fundos e almoço na cozinha após os patrões se resfolegarem. Antes de tudo, concorde ou não com o que passou, isso era uma relação comercial. Trabalhista não tem como, mas era o combinado.

Pois imagine se de repente a emprescrava começasse a ficar assanhada. E os patrões, completamente passivos. Assim-assim, sem mais nem menos, ela passa a dizer como a casa deve ser organizada, muda a decoração, diz que horas os patrões têm de acordar, pega o orçamento do mês e determina tudo, passa a mandar nos filhos e até faz "Shhhhhh!!!" quando vê televisão. Praticamente uma Berta, do Two And a Half Man, com o agravante de ainda por cima não colocar pra lavar os lençóis espermamente fedidos do Charlie. Pior: de repente, mais que de repente, ela se aumenta mesmo sem aumento do salário do patrão e passa a ganhar mais do que ele!!! Tudo com o patrão só olhando, sem reagir, porque é mais cômodo não fazer nada no dia a dia. Porque, na lógica do Charlie Harper, dá trabalho.

Essa empregada, hoje e sempre, é o padrão dos políticos brasileiros, com suas exceções, e a caminha pronta da democracia puramente representativa, que valida isso de forma sutil, mas incisiva. E o classemediano tradicional pessoa de bem, que chama gente com os mesmos direitos e necessidades cocozistas que ele de povão/mulambo/povinho, mas não se chama assim quando se olha no espelho, é o patrão dessa triste situação. Tudo porque deixou a sua empregada mandar nele. Tudo porque transferiu a ela o exercício do que só cabe a ele. Porque é preciso levantar o traseiro gordo pra exercer. Pior é que nem a falta de tempo serve como justificativa. Não tem tempo pra ver e postar no Facebook e Instragram? Então.

Quem sabe assim os fantasmas do século 20 sejam afastados, e a briga Ronald Reagan x Leonid Brejnev seja percebida como é: completo passado. Porque quem tem que brigar pelos nossos direitos somos nós mesmos, sem deixar de lado os benefícios que a democracia representativa traz e - deixaram de prevalecer - por estar sozinha nessa casa. E isso só pode começar por você.      

11 de março de 2015

Políticos de Nome - 2

Sérgio Cobral. De cobra ou do verbo cobrar, você decide.

O Corleone do Subúrbio (Jorge Picciani).

O Michael Corleone do Subúrbio (Leonardo Picciani).

Cândido Vacarezza foi pro Brejo.

Aloísio Mercadista.

Eduardo Pulha.

Odorico Jr. Ou Cássio Pulha Lima.

Francisco Dor Neles. Ou Sr. Burns do Senado.

Marcello Crivado de Joias.

Rui Facão.

Gilberto Kassado.

Fernando Com Rico é Caridoso.

E, embora não seja um, Armírio Praga.

7 de março de 2015

Políticos de Nome

Quase tão ruim quanto o não-conhecimento, é ele existir sem organização alguma. Por exemplo, o que seria da Revolução Francesa sem os Enciclopedistas? Sem o fabuloso trabalho de Diderot, D´Alembert, Voltaire, Roussea, Montesquieu e cia, as bases conceituais do movimento não se estabeleceriam e nem se juntariam aos contextos que construíram a derrocada do absolutismo aristocrático na França.

Por isso, em outro polo, resolvi reunir uma modalidade deste blog que nunca se configurou de forma categorizada, por ocorrer de forma orgânica e espontânea. São os apelidos de político. Ou seus verdadeiros nomes, pois os originais não traduzem o que eles são. Apelidos que não podem ser do nada. Precisam ter coerência. Para termos um exemplo, faz algum sentido existir o nome Inocêncio de Oliveira? Só pode ser Indecente de Oliveira. Hoje começarei a lista com poucos, mas o motivo é justo. É que dois deles ocupam o lugar de vários...

1 - Aécio Never, Néscio Neves, Aético Neves, Hugh Hefner da Política Nacional, Renato Gaúcho da Política Nacional (depois da plástica), Aécio Sabbá, Aécio Huck e, até agora, Lacerda Hang Loose.

2 - Corlulone ou Lulau.

3 - Eduardo de Paes para filho com empreiteiras, Eduardo de Paes para filho com o mercado imobiliário, Eduardo de Paes para filho com empresas de ônibus, Eduardo de Paes para filho com a Liesa, Eduardo de Paes para filho com o COB, Eduardo de Paes para filho com fornecedores, entre outros. Sempre como filhinho único e querido...

4 - Lindbleargh Farias.

5 - Geraldo Aidimim.

6 - José Ferra.

7 - O Abominável Rodrigo Neves.

8 - Jorge Rouberto Silveira.

9 - Luís Eduardo Mãozão.

10 - Edison Ladrão.        

25 de fevereiro de 2015

A luz no fim do túnel

Pro povão votá
E os tucano ficá contente
Não pode ser figurão
Do Sul residente.

Tem que ter sotaque,
Tem que ser ó, xente!
Não tem grilo ser cassado
Nem mesmo incoerente.

Se operário pode roubá
E sindicalista ser superintendente
Por que rico e bonitão
Não pode ser como essa gente?

Pra roubalheira variar
Vamos fazer diferente
Em 2008, deixa o Aécio pra lá
É Cássio Cunha Lima presidente!!!!

Detalhe da foto: orgulhoso da Silva - não de Luís Inácio Lula da Silva - com o repente que compôs pra jingle de campanha, Odorico pai se compraz (do verbo comprar) com Odorico filho...


21 de fevereiro de 2015

O sonho de __ era ser __ - 45 - presidentes, primeiro-ministros e ditadores

O sonho do Ronald Reagan era ser o John Wayne. Depois, foi ser o Silvester Stallone. Acabou sendo o Alexandre Frota da política internacional.

O sonho da Margareth Thatcher era ser o Winston Chirchil e a Golda Meir juntos. Acabou sendo a Bruxa do Mar.

O sonho do Lula era ser o Lech Walesa. Depois, passou a sonhar em ser o Getúlio Vargas. Acabou sendo o Perón da política brasileira.

O sonho do Fernando Henrique era ser o Olof Palme e o Willy Brandt juntos. Depois, passou a sonhar em ser o François Mitterand. Acabou sendo o Cabral com doutorado.

O sonho do Chavez era ser o Fidel.

O sonho da Cristina Kitchner era ser a Evita Perón.

O sonho da Dilma era ser a Angela Merkel. Depois, passou a sonhar em ser a Michelle Bachelet. Um dia ela acorda e passa a sonhar em ser a Rosinha da política nacional.

12 de fevereiro de 2015

Eu sou burguês, mas eu sou artista - 2015 - Cerveró e o carnaval

Nunca gostei dessa tripudiação feita às custas da aparência do Cerveró. Isso reduz a questão à argumentos medievais, primários, superficiais. E se formos por esse caminho, Collor de Merda teria sido um ótimo presidente, Aécio Huck seria o atual sem precisar de votação e Lindbleargh, o ocupante do Palácio Laranjeiras sem sombra de dúvidas ou ações de improbidade no STF.

No entanto, a polêmica das máscaras de carnaval do Cerveró, proibidas por ele, deixou uma questão em aberto. Se o anti-muso do Petrolão tivesse liberado o uso da sua imagem, ela traria um benefício enorme para uma parcela significativa da população: os feios. Ou os mais ou menos. Ou até os normais, mas sem o upgrade das academias. 

Caso essas pessoas pudessem usar as máscaras Cerveró, a vida delas seria facilitada, e muito, durante a festa da carne. Porque os feios, mais ou menos ou normais sofrem da concorrência desleal dos bonitos. E o uso da máscara Cerveró poderia provocar um efeito psicológico interessante. Aos ver primeiro a máscara ícone de feiúra durante uma abordagem pegatícia, esta seria a primeira impressão das mulheres. E, em seguida, os pobre mortais, ao revelar o real rosto, se beneficiariam da inevitável e instintiva comparação. E em comparação com Cerveró, quase todos ficam bem melhores. Sem dúvida, isso poderia abrir portas para a abordada em questão. 

E assim, como num passe de mágica, feito filme do Harry Potter, o feiolião passa a folião em segundos, tudo por conta de uma máscara. Olha que lindo...

11 de fevereiro de 2015

Eu sou burguês, mas eu sou artista - 2015 - Spanta Neném

Já falei antes que o Spanta Neném poderia se chamar Spanta Pobre, Spanta Remediado, Spanta Classe Mérdia. Só que, neste ano, isso se tornou uma tremenda injustiça com o bloco. Afinal, a crise chegou de vez, e está feia que nem a Dilma com piriri. Como os ricos de verdade - que compõem o gênero Justo Veríssimo - desaparecem nessas horas, o que será feito da essência Spantiana? Como assim um bloco da Lagoa passar, de uma hora para a outra, sem ricos, a um bloco do Piscinão?

Mas fiquem tranquilos. Não há nada que o marketing moderno não possa resolver. Por isso, fica aqui desde já uma sugestão de reposicionamento mercadológico que não deixa perder todo o trabalho de branding desenvolvido até hoje pelo Spanta. Porque, por incrível que pareça, tem pobre, remediado ou classe mérdia que é branco, bonito e não mora só no Quadrilátero Dourado Zonasulzense. 

Com este dado interessante e revelador, deixo aqui uma sugestão de re-branding para não deixar o Spanta perder a sua essência, a sua seletividade, o seu filtro natural. 

E esse árduo trabalho começa pelo novo slogan: Spanta Neném. Se você não é o Tom Brady, você não vai pegar ninguém...

Detalhe da foto: calma que o feio, preto e pobre ali no canto não é um desvio de reposicionamento do Spanta. Ele está vendendo Chandolé, o sacolé de Chandon...

Eu sou burguês, mas eu sou sambista - 2015 - Bangalafumenga

O carnaval carioca é cheio de charme. E não é que um dos blocos popbalançogaveanotudomenossamba, o Bangalafumenga, resolveu fazer o seu?

O Banga, para os íntimos, fez o famoso charminho "não se saio nesse ano". É claro, teve gente que caiu nessa. E, da minha parte, confesso que fiquei muito preocupado em ele não sair. Explico.

Num exercício de altruísmo e pensar fora da borda, imaginei-me no meu tempo de solteiro. Como nunca fui Apolo e gosto de samba e carnaval não-Ottoianos, fiz a inevitável pergunta: pra que serve um bloco que só tem Afrodite e cuja bateria toca tudo menos samba - e mal?

É fácil entender. Depois da excelente medida da Prefeitura, que jogou esses bloco modernétis para o Aterro, todos os foliões modernétis-alternativétis foram atraídos que nem mulher atrás de buquê em casamento. E isso inclui o Banga para os Íntimos. Como estamos no Rio, e falo da Zona Sul, esse segmento da sociedade concretamente constitui milhares e milhares e milhares. Resultado: os blocos de quem não gosta de carnaval Ottoiano deram uma esvaziada legal. Voltaram a ficar como há 10, 15 anos. Dilíça.

Por isso, o Bangalafumenga pode fazer o doce que quiser. Pode fazer que nem mulher fazendo cena antes de beijar o cara numa festa de casamento - porque se fosse outra festa, sem os pais por perto, seria mais fácil. O que importa é que o Banga saia. E o carnaval do Rio, para quem não é Apolo, fique repleto de mulheres bonitas ou pegáveis que ou não são ou não se colocam como Afrodites...

Detalhe da foto: Gisele ainda está na fase "não sei se saio no carnaval". Mas se vier para este bloco, já avisou que não quer ser chamada de Carioca da Gema. É porque gema engorda, sabe?...  

7 de fevereiro de 2015

O sonho de ___ era ser ___ - 44

O sonho do Ganso era ser o Zidane. Um dia ele acorda a passa a sonhar em ser o Özil.

O sonho do Ânderson (ex-Grêmio, Manchester e agora Inter) era ser o Ronaldinho Gaúcho. Um dia ele acorda e passa a sonhar em ser o Willian.

O sonho do Oscar era ser o James Rodriguez.

O sonho do Julio César era ser o Taffarel.

O sonho do Alcindo era ser o Renato Gaúcho.

6 de janeiro de 2015

Os maestros do Brasil

Pegue um mané qualquer, da Abolição ao Lebrão, e pergunte quem seria um grande maestro. Graças ao excepcional Projeto Aquarius, que mostrou que as trilhas de desenhos antigos são muito melhores que as atuais, vai dar Karabtchevsky na cabeça.

No entanto, assim como eu, 99,9999999999999999999% falam isso sem ter a menor ideia do que é ser um maestro. Quanto menos se é bom ou ruim.

Por isso, se alguém contratar um bom ator, ou o Marco Palmeira, para esses 99,999999999999999999% dará no mesmo. Podem botar também o Pernalonga, que nos desenhos estraçalha com os músicos e ainda é efusivamente aplaudido. Ou até o Seu Boneco, que só quer saber de comer e ir pra galera. Ninguém vai saber de nada. Só vai aplaudir.

Poizé. A partir disso, já tô achando que a população do Brasil, com PT, PSDB ou PQP, é uma grande plateia de concerto de música clássica. Fica magnetizada pelo maestro, não sabe diporra nenhuma e acha que sabe de como a banda, ops, a orquestra toca. E enquanto isso, nessa inédita alternância de poder, agora não somos regidos mais apenas pelo snob e estraçalhador Pernalonga. Mas também pelo popular e insaciável Seu Boneco...  

4 de dezembro de 2014

MPB

Ari Barroso, Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso.

Noel Rosa, Edu Lobo, Jorge Ben, Adoniran Barbosa, Dorival Caymmi, Gilberto Gil.

Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Gonzaguinha, Pixinguinha.

José Ramalho, Alceu Valença, Arnaldo Baptista, Nelson Cavaquinho, Tim Maia.

E como compunha cantando, Elis.

Se essa turma era chamada de Música Popular Brasileira, a que surgiu depois dela, nos últimos 25, 30 anos, que diz muito mais nas entrevistas do que nas composições, pode ser chamada como?

a) Música Pópizinha Brasileira?

b) Música Pentelha Brasileira?

c) Música Pândega Brasileira?

d) Música Pretensiosa Brasileira?

e) Todas as opções acima?

O novo nome do Aécio Neves

Só anda com magnata, mas diz que adora pobre.

Aliás, seu ganha-brioche vem basicamente da pobraiada.

Vive como playboy, mas para muitos passa a imagem de que trabalha bastante.


É casado, mas vive rodeado de gatinhas.

Já se apropriou de área pública em benefício próprio.

Faz pose de sério, mas o slogan mais apropriado para seu estilo de vida seria "loucura, loucura, loucura".

Não sei porque já o chamei de Hugh Hefner, Renato Gaúcho e Daniel Sabbá. Porque tá na cara que Aécio é o Luciano Huck da Política Nacional...

17 de outubro de 2014

Tá Rousseff

Adianto que é uma frustração do tamanho da dívida interna pós-Plano Real.

Afinal, achar um apelido que você realmente goste para a "O sonho da Dilma era ser a Angela Merkel" só agora, às vésperas da eleição, é... é... é como pegar uma gataça-aça em festa vazia, já no fim. Você fica feliz, mas quando corre pra galera, não tem galera pra aplaudir. E olha que ela nem precisa ser no nível das do Aécio Sabbá Neves. Porque esse, desde os 17, só frequenta primeiro escalação...

Ao mesmo tempo, tenho de reconhecer que isso só surgiu graças ao Dia das Bruxas, que está chegando. Digo isso porque sempre fui adepto do "Halloween é o cacete, viva a cultura nacional". Mas sou obrigado a reconhecer que nem o Boitatá, nem o Curupira e muito menos o Saci corresponderiam ao objeto de não desejo citado. Definitivamente nenhum deles metaforaria como a foto acima.

Por isso, a partir de agora, quando reclamar da situação, não fale como os da Geração A, B, C, todas as antes das X, Y e Z. Não diga "Tá russo". Diga apenas: - Tá Rousseff...

9 de setembro de 2014

Filho feio tem pai

Clarissa Garotinho. Os filhos do Bolsonaro. Os filhos do Piccinani, o Corleone do subúrbio. O filho do Cabral Filho. Até o filho do Cesar Maia.

A política fluminense, na verdade a brasileira, é tão frutífera que inverte até um dito bíblico: conhece-se o fruto pela árvore...

2 de setembro de 2014

Parabéns!!! Você está desempregado!!!

O Linkedin provoca uma das situações mais constrangedoras do MMC, o Maravilhoso Mundo Corporativo.

Se um caboclo chegar a uma data significativa como desempregado - normalmente descrito como Freelancer -, o pobre coitado ainda por cima tem isso avisado geral, para que todos o congratulem pela data querida.

Essa lambançation ocorre porque há o registro disso pura e simplesmente, como se todo freelancer estivesse nessa por opção. Como se freelancer, em 50% dos casos, não fosse o bico da classe média.

Mas tudo bem. Isso não é o pior dos mundos. Porque eu ainda consigo imaginar uma pessoa em todo o mundo que não estaria nem aí pra essa situação...

18 de agosto de 2014

O sonho de __ era ser __ - 43

O sonho do Jack White era ser o Johnny Depp e o Jimmy Page juntos.

O sonho da Juliana Paes era ser a Sônia Braga.

O sonho do Rodrigo Santoro era ser o Daniel Day Lewis. Um dia ele acorda e passar a sonhar em ser a Sônia Braga.

O sonho do Otto era ser o Caetano Veloso e o Chico Science juntos.

O sonho do Humberto Martins era ser o Antonio Banderas. Agora passou a sonhar em ser o Francisco Cuoco.

8 de agosto de 2014

RasPTin

José Dirceu com as barbas de molh0?

Só se for de ervas finas, bechamel, cremoso de vieiras, radiccio, edívias e alho poró...

31 de maio de 2014

Maior que Pelé

Eu vi o Pelé do basquete, Michael Jordan.

Eu vi o Pelé da natação, Michael Phelps.

Eu vi o Pelé da velocidade, Usain Bolt.

Eu vi o Pelé do tênis, Roger Federer.

Eu vi o Pelé do surf, Kelly Slater.

Eu vi o Pelé do vôlei, Karch Kiraly.

Eu vi o Pelé do salto com vara, Serguei Bubka.

Falando nesse esporte, eu vi até a Pelé do pornô, Silvia Saint. A maior do, sem sombra de dúvidas, mais popular dos esportes.

Mas o Pelé do futebol mesmo eu não vi. E aqui entre a gente, não tem o menor problema. 

Afinal, como o Flamengo é tudo, e por dedução lógica o tudo é maior que o Pelé - o futebol, o esporte, o planeta, o sistema solar, a galáxia, universo conhecido - , então o maior do Flamengo só pode ser maior que tudo. E, é claro, Pelé: Zico...

Detalhe da foto: Obina, o verdadeiro eterno, reconhece a sua eterna insignificância e se dirige respeitosamente a quem inventou a eternidade...

16 de março de 2014

A Direita Nova Schin

Por que o Mensalão do PT é pior que o propinoduto do metrô paulista, do PSDB, se corrupção é corrupção?

Por que Aécio Neves não teria como saber do Mensalão Mineiro - assim como é evidente que Lula sabia do Mensalão do PT -, se há muito tempo Aécio já era o principal político do PSDB no estado?

Por que Eduardo Campos é considerado renovação se há vários casos comprovados de nepotismo por parte dele, se ele já foi ministro do Lula e seu governo faz o mesmo tipo de aliança política do PT, PSDB, PMDB e os outros partidos tradicionais?

Por que as cotas são uma praga comunista se elas foram inventadas nos EUA, em plena Guerra Fria, e são adotadas até hoje?

Por que as cotas diminuem o nível da universidade se o desempenho dos cotistas é, comprovado por pesquisas, equivalente ao dos não cotistas?


Por que a Lei de Anistia não deve ser revogada se na constituição brasileira os crimes contra a humanidade, como a tortura, são imprescritíveis e submetidos à jurisdição internacional?

Por que o liberalismo oferece plena democracia ao mercado se os monopólios historicamente afloram no liberalismo, e monopólios sempre tiram a liberdade do mercado?


A propaganda nunca foi conhecida pela sua profunda contribuição ao mundo das ideias. Mas dessa vez foi diferente. É para responder a essas perguntas acima - e várias outras que tanto irritam os neolacerdistas reaças pela absoluta falta de respostas - que a arte de vender deu uma de suas soluções mais eficazes ao debate acadêmico e feicibuquiano. 

Para isso, antes deve-se deixar de lado qualquer menção a Roberto Campos - o Sr. Burns brasileiro, a Rodrigo Bostantino, a Olavo de Caralho e ao carvalho a quatro. E no lugar, mentalizar Ivete Sangalo ou Selton Melo com um copo de cerveja na mão.

E, a cada pergunta sem resposta, se resumir a sorrir como eles na propaganda da Nova Shin e dizer: - Porque sim!!!!!

13 de fevereiro de 2014

Considerações sobre as olimpíadas de inverno - 2014

Poucas coisas são mais constrangedoras do que o entusiasmo de um narrador de curling.

Corrida de esqui é igual a um bando de pinguins fugindo desesperados.

Quem não é míope tem a chance de experimentar a sensação: basta assistir a hóquei no gelo. Nem o Homem de Seis Milhões de Dólares consegue ver a pastilha durante um jogo.

Pra ser mais prático, todas as provas de patinação artística masculina poderiam ter apenas três músicas: I Will Survive, It´s Rainning Man e Dancing Queen.

Aliás,  patinação artística é tão gazela que nem se escreve "masculino".

11 de fevereiro de 2014

Eu sou burguês, mas eu sou artista - 2014 - 2

Nesse carnaval, o Rio tem um grande desafio à frente. Algo que nunca pôde ser consertado ou contornado, persistindo há anos, desafiando a todos impunemente.

Não é o bando que faz xixi por aí, ainda grande apesar das campanhas e do preço da cerveja, que fez a Belco ter custo de Baden Baden.

Não é a qualidade dos banheiros químicos, mais escassos que preto e mulher feia no Spanta Neném.

Nem é a proliferação de bambas do samba nas reportagens de tevê e jornal, mais abundantes que bunda em transmissão de baile pela Rede TV.

O desafio, veja só, é existir um folião sequer - em todo o Rio - que saiba cantar algo além do refrão de "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua", quando é tocada nos blocos.

Pode reparar. Mesmo sendo hit dos blocos zonasulzenses e santateresenses, nesse entreato ocorre um silêncio que só não faz os blocos virarem procissão porque a banda continua ou o Dijêi não larga o dedo...

Eu sou burguês, mas eu sou sambista - 2014 - 1

Nesses tempos de rolezinho e pobre como protagonista de novela, não tem nada a ver achincalhar o Spanta Pobre, ops, Spanta Neném.

Afinal, este bloco também é genuíno. Tão genuíno, que adotou o branco até mais do que os filhos de santo que superlotam as escolas de samba. Tanto que só tem branco por baixo das roupas.  E o preto... Bem, esse foi deixado para alguma eventual fantasia de Batman dos marombas ou de policial sexy das garotas. E assim mesmo, sem nenhuma poder dizer a outra "mexa esse traseiro gordo", porque na Body Tech não tem disso.

Mas há quem não enxergue a verdadeira democracia que é o carnaval e continue implicando com esse bloco. Quem sabe, pra contradizer isso tudo, não apareça até mesmo um isoporzinho no Spanta Pobre, ops, Nenén? Vai que a Farm, essa brand antenada com as tendências, não lança um isoporzinho cool mega fashion e sustentável, feito de fibra de cipó amazonense, com uma linda capa baseada no conceito visual Alice no País das Maravilhas que É o Brasil? Se rolar, vai ser o mais curtido no fêice...

Por isso, para encerrar qualquer suspeita de segregação às avessas, fica até uma sugestão de marchinha só para ele. Uma adaptação feita para festejar os ritmos e melodias essencialmente brasileiras ouvidas o ano todo por seus integrantes, que vão de Dêivid Guêta à Ríana:

Se você pensa que champanhe é água
Champanhe não é água não
Água só na garrafinha
Evian ou pra natação.

Pode me sobrar tudo na vida
Ibiza, gatas, carrão
O meu pai tem muito dinheiro
E tudo mais que eu tenho à mão

Posso ser um pegadoooor
E que ninguém reclame
Só quero que não me falte
O brinde do meu champanhe...

23 de janeiro de 2014

O Facebook e I Believe I Can Fly

Todo mundo fica falando que o feicibúqui deveria ter o botão Foda-se. Mas o fato é que 99% das pessoa – sem “s” mesmo – dizem isso mas fazem postagens fodasseáveis a rodo. Logo, essa situação se torna a Luciana Gimenez falando da Ofélia. As duas matraqueando o tempo todo da outra, porque só falam quando têm certeza.

Mas não é isso que tornará o feicibúqui melhor. Um fato a ser observado é a qualidade das legendas das fotos publicadas. Nelas, erros de português pipocam que nem xuxu na serra. Ou biquinho em foto de mulher. É foda. E não é foda-se.

Por isso, para combater esse problema, fica a sugestão de se estabelecer um padrão, que pode ser obtido por um gerador de legendas. Fazer isso não é ser arbitrário, é apenas observar que 99% das fotos se repetem, da patricinha à edileidezinha. E, para nossa alegria, este padrão pode ser entitulado. O nome, uma canção emblemática da pós modernidade: Gerador I Believe I Can Fly.

Misto de Daniel, música gospel e Djavan em seus momentos churrascaria da Avenida Brasil, esta canção se encaixa perfeitamente a esta função e ao contexto feicibuquiano. E ainda é muito versátil, pois abraça inúmeras fotos. De uma mocinha de braços abertos com o mar atrás a imagens de grandes mestres da humanidade com uma frase ao lado, o encaixe do Gerador de Legendas I Believe I Can Fly é perfeito.

Mas o Gerador I Believe I Can Fly não é hermético. Ele trará variações, que se resume à opção de preencher o final de I Believe I Can ___com opções que personalizarão ainda mais as suas fotos fofinhas/edificantes/coluna social de pobre. Quer exemplos? Se você está correndo no calçadão do Lebrão, pode ser I Believe I Can Run. Se você aparece pulando em forma de X, num campo verdejante, pode ser I Believe I Can Jump. Ou se é um grupo de amigas num sambinha ou showzinho, lado a lado sorrindo bem felizes, pode ser I Believe I Can Smile.

Junto a Eu ____ E Vou Gritar Pra Todo Mundo Ouvir, como foi colocado postagens atrás, essa é mais uma contribuição desse humilde blog ao Mundo Vasto - e Moderno - Mundo. Porque i believe in you. And i believe you can fly...

8 de janeiro de 2014

O sonho de ___ era ser ___ - 42

O sonho do Rodrigo Bostantino era ser o Paulo Francis. Um dia ele acorda e passa a sonhar em ser o Diogo Mainardi.

1 de janeiro de 2014

Feliz 2014!

Nem Dilma, nem Aécio Never, nem Lula, nem FHC, nem Lindbleargh, nem Eduardo Fields, nem Eduardo de Paes pra Filho com os empresários, nem Felipão. Nem assim desista.

14 de dezembro de 2013

O sonho de __ era ser __ - 41 - Presidenciáveis

O sonho de Eduardo Campos era ser o Bill Clinton.

O sonho do Aécio Neves era ser o John F. Kennedy.

O sonho do Serra era ser o FHC.

O sonho da Dilma era ser a Angela Merkel.

O sonho da Marina Silva era ser a Madre Teresa de Calcutá.

E se precisar entrar na disputa, o sonho do Lula era ser o Fidel.

13 de dezembro de 2013

O sonho de __ era ser __ - 40 - anos 80

O sonho do Lloyd Cole And The Commotions era ser o The Smiths.

O sonho do Echo & the Bunnymen era ser o The Cure.

O sonho do The Mission era ser o The Cure.

O sonho do Simples Minds era ser o U2.

O sonho do Michael Hutchence era ser o Jim Morrison.

O sonho do Ian Astbury era ser o Jim Morrison. Um dia ele acorda e passar a sonhar em ser o Steven Tyler.

14 de novembro de 2013

Palavras onde faltam ideias - 15

Meritocracia – Como o universo do futebol serve de metáfora para qualquer assunto do conhecimento humano e extraterrestre... Meritocracia, no Brasil, é o Dunga ter afirmado que Zico, Falcão, Sócrates, Cerezo, Júnior, Leandro e Éder formaram uma geração de derrotados, e ele sim foi vencedor de verdade, porque o baixador de lenha em questão levantou a taça e eles não. Mesmo que um hipotético DVD "Os Grandes Lances de Dunga" não tenha material pra mais de 1 minuto e 3 segundos.

Feito com amor - Essa pérola publicitária, que também poderia ser “Feito com carinho” ou “Feito com o coração”, existe também para nos convencer de que a fábrica do produto assinado não tem funcionários protagonizando Tempos Modernos ou sendo os remadores do Ben-Hur. E sim um monte de Donas Bentas ou Gepetos trabalhando artesanalmente, cada um no seu ritmo, mais felizes que a Noviça Rebelde no dia seguinte à noite de núpcias, em que o Barão Von Trapp deu uma bela trappada nela. Mas com amor...

Harmonizar - Segundo o Mussum, mé harmoniza com tudis. Para o Lagreca, cachacinha harmoniza com torresminho. Para a saudosa Catifunda, chopps harmoniza com dois pastel. Pra lulambada, cerveja harmoniza com biscoito Torcida. Já para o Silva do Chico Anysio, pinga harmoniza com buchada de bode, que harmoniza com a mulherada, que harmonizam com o quartinho nos fundos da casa do Cherôso. Ou seja: esse típico termo do universo fresconômico, ops, gastronômico, na prática é “combinar” com toques de “afrescalhar”...

Cup Cake – É bolinho. E foda-se.

9 de novembro de 2013

Cool

Musicalmente falando, esse auê em torno das músicas de Lou Reed me fez voltar no tempo.

Quando, após um filme existencial vietnamita ou húngaro, se comentava: - O filme é chato, mas o diretor é genial...

6 de novembro de 2013

O verdadeiro valor do ser humano

Um dos maiores conflitos da humanidade é a forma como uns tratam os outros. É a diferença de valores estabelecidos entre os homens.

Com o surgimento da família e da propriedade privada, maridos/caçadores passaram a valer mais do que mulheres/donas de casa/coletoras. Essa lógica se estendeu por séculos e séculos nas relações senhores e escravos, nobres e servos, clero e fiéis, ricos e pobres. E se faz presente também entre altos e baixos, bonitos e feios, gostosas e barangas, diligentes e preguiçosos, honestos e corruptos. Uma diferença que até se inverte de acordo com a época e a sociedade, e que algumas religiões tentam resolver, com a mensagem de que todos são iguais perante Deus. O que não vale para os ateus, e aí a confusão continua.

Porém, essa falta de critério único sobre isso acabou. Agora podemos estabelecer, com facilidade e esclarecimento, uma medição absoluta sobre o real valor do ser humano, acima de renda, nacionalidade, credo, feiúra ou capacidade de fazer gols. É tudo muito simples. Senão vejamos.

O Flamengo tem a maior torcida do mundo, isso não se discute, com 39 milhões e 100 mil felizardos. A partir desse dado absoluto, que traz consigo um valor ainda mais absoluto, podemos enfim estabelecer um critério de distinção.

Por exemplo, comparemos um flamenguista e um botafoguense. Pra calcular, é só fazer a clássica regra de três e aplicá-la. Pegue o Flamengo, com 39 milhões (dou 100 mil de lambuja, é preciso ser benevolente), e coloque ao lado de 100. O Botafogo, com seus míseros 3 milhões (é isso tudo mesmo?), fica ao lado do X. É só fazer a conta e pronto. Verifica-se que um botafoguense vale 7,69% de um flamenguista. A partir daí, é só aplicar às torcidas alheias, sem maiores complicações.

Com isso, resolve-se de uma só vez uma imensidão de brigas, invejas, incoerências. E quando todos aceitarem, o alvorecer seguinte será como compôs o Poetinha, na plácida métrica da valsa: “E o mundo compreendeu, e o dia amanheceu em paz...”

5 de novembro de 2013

Palavras onde faltam ideias - 14

Sinergia - Segundo esse conceito, com dedicação, entusiasmo e talento todos podem se tornar Multi-Homens dos Impossíveis. E gritando “Vamos nós!!!!”, dez pessoas produziriam por 12, 13, 15.
 
Só que a vida não é desenho animado, e na prática ninguém tem como produzir por dois. O que ocorre é que, em condições radiantes, dez produzem por dez. E numa equipe desequilibrada, 10 produzem por 9, 8, 7 e por aí vai.
 
A tal “Sinergia”, essa palavrinha mágica, nada mais é do que uma apropriação do conceito de Coletividade pelo Mundo Vasto Mundo Corporativo, como se tivesse sido criado por ele e para ele. Só que Coletividade soa palavrão aos netos de Roberto Campos, filhos de FHC e irmãos do Rodrigo Bostantino. Porque a intenção velada é, até hoje, manter todos no século 20, quando chamavam o Coletivismo de Coletividade.
 
O Coletivismo era adorado por ditadores comunas e suas madames. É o ismo que faz o indivíduo achar normal ser menos em prol de algo maior. No caso, os privilégios dos ditadores comunas e suas madames.
 
E isso é bem diferente do que é Coletividade: o máximo desenvolvimento do indivíduo em harmonia com os outros, para que a soma de todos produza plenitude do disponível. O que pode ser usado em qualquer campo da vida, não somente em negócios.
 
Por isso, sinta-se à vontade para traduzir mentalmente toda vez que ler ou ouvir "Sinergia". Tenho convicção de que sempre é bom nos libertarmos de ideologias desviantementes mercantilistas. É lógico, sem cair na vagabundagem.

E pra encerrar, lembro que essa reflexão é tão útil e vasta, que pode ser usada até pelos solteiros em seus momentos mais nobres. Como na guerra da noite lapense, por exemplo. Apesar de tudo, o que tem de mulher alternativa que ainda cai nesses papos, não tá no Gibi...

4 de novembro de 2013

Jornalistas e publicitários

Jornalista é quem sabe nada de tudo.

Publicitário é quem sabe tudo de nada.

E quem vos fala faz a proeza de ser os dois.

1 de outubro de 2013

Vamos a La Playa

Carinhoso já ganhou uma eleição de música preferida dos brasileiros. Há pouco tempo, Águas de Março foi eleita a mais importante por uma enquete do Estadão, com votação pela internet, mas baseada em pré-seleção dos críticos. Aliás, esse critério de escolher anteriormente o que será votado, no mínimo deve ser para evitar constrangimentos entre a tal elite intelectual. Porque, se fosse feita diretamente pelo povão caramuru mulambônico, talvez os vitoriosos fossem Pare de Tomar a Pílula, Eu Não sou Cachorro Não, Amor Perfeito (a do “no hospital, na sala de cirurgia...) ou essa aí do Naldo.
 
E mais: se gosto é que nem bunda, há que se respeitar sim. Até porque, já tem crítico conseguindo ver o que preste nos David Guettas da vida, o que no mínimo enfraquece qualquer coerência. E se tem gente que consegue ver bunda até na Gisele Bündchen, é porque gosto é feito bunda mesmo.
 
Por isso, me sinto à vontade de eleger aqui a melhor música em uma nova categoria. Não a mais bela, nem a mais vibrante. Nem a mais sensual ou politizada. E sim a mais funcional. A que, nesses tempos de eficiência, eficácia e efetividade, do império do Excel, cai como uma luva em infindáveis momentos de nossa vida, com uma capacidade formidável de uso.
 
Essa música é a oitentosa Vamos A La Play, do duo italiano Rigueira. Aqui no Brasil, gravada pelo grupo Bom Bom, que estava mais pra Ruim Ruim. E como a postagem anterior foi sobre o universo feminino - em sua defesa, é claro -, vou exemplificar esta escolha pelo ponto de vista masculino. Mas poderia ser de todos, é bom deixar claro.
 
Imagine um cara em casa, por exemplo, tendo de aturar a TPM da sua companheira. Para não explodir e piorar a situação, ele pode extravasar cantando mentalmente a melodia, mas substituindo a letra por:
Chata pra caralho, ô ô ô ô ô
Chata pra caralho, ô ô ô ô ô...
 
Ou, ao passar na rua com ela, diante de uma mulher estupidamente gostosa, ele pode assoviar a melodia após o momento de glória, com a letra na cabeça:
Boa pra caralho, ô ô ô ô ô
Boa pra caralho, ô ô ô ô ô...
 
Ou se a patroa está lá no shopping, gastando os tubos e conexões Tigre e Onça Pintada de Ouro. E você, impressionado com os preços exorbitantes, sem poder questionar como gostaria, porque o aborrecimento vai custar ainda mais caro, pode fazer o mesmo:
Caro pra caralho, ô ô ô ô ô
Caro pra caralho, ô ô ô ô ô
 
E por aí vai, apenas existindo o mínimo trabalho de encaixar palavras com duas ou três sílabas para cada situação, forçando a barra com quatro em casos extremos.
 
Quem diria que essa pérola do pop, que 30 anos atrás grudou chatamente feito chiclete na sola, fosse se revelar de grande serventia para aliviar o stress. Para todos os sexos, é bom frisar. Algo que, definitivamente, não é pouca coisa não...

11 de setembro de 2013

O grande valor da mulher na nossa sociedade

Uns dizem que vivemos num mundo cada vez pior. Outros, que tudo está ficando mais exposto, e é a partir daí que nos conhecemos de verdade e nos transformamos. O fato é que, em meio ao avanço da sociedade materialista-capitalista, existe a acusação de que a condição do ser humano-cidadão é reduzida à de consumidor. Ou consumido.
 
No caso específico da mulher, isso faz, entre outras coisas, com que elas sejam vistas apenas pelo que têm por fora. É um processo de distorção que não foi suficientemente sanado, ao ponto de a sociedade ainda tratá-las como meros pedaços de carne. Inclusive com suas divisões características: de primeira, segunda, com pouca ou muita gordura, essas coisas.
 
Mas como carne tá pela hora da morte e de mais umas trezentas reencarnações, nem dessa forma elas são tratadas mais. Por isso, ficaram as frutas. E pra completar esse quadro, elas aparecem agora até em novela da Globo. Como a recente Mulher Mangaba, interpretada por Éden Rocche, ops, Ellen Rocche.
 
Ou seja: com esse fenômeno frutológico, acontece o passo seguinte à redução: a deturpação da redução. Reduz-se exponencialmente a mulher, com toda sua complexidade, a apenas uma fruta. Como se elas dessem em árvore. Como se só tivessem uma coisa a oferecer, mesmo elas sendo o centro da sensibilidade humana.
 
É por isso que devemos protestar, não nos acomodar diante desse displante. Por exemplo: olhando bem pra tudo que Éden Rocche, ops, Ellen Rocche é, há de convir que ela não pode ser chamada assim nem na ficção.
 
Olhando bem, é pouco. É muito pouco. Ela é muito mais que uma fruta, seja melão, mamão, jaca, melancia, morango, cupuaçú ou mangaba. Tem que ser mesmo é Mulher Pomar...

20 de agosto de 2013

Palavras onde faltam ideias - 13

Mobilidade Urbana - com o pretexto de ser mais técnico - fazendo a lulambada ficar boiando -, é o termo que veio desideologizar "Transporte Público". Ao abrir mão de ter 'público", o nomezinho deixa de lembrar que este é um direito de todos, e não o autorama de empreiteiras ou empresas de ônibus. Aliás, já que a mídia fala "mobilidade urbana" tanto quanto peida à noite em casa, pare e pense: e quem mora na roça? Só pode se locomover de jegue, charrete ou jiriquixá? Então não existe mobilidade rural? Ah, esqueci. No Brasil do agrolatifundonegócio não tem disso. Só tem Land Rolls-Royce e Jet Set Ski...

Tsunami - você chamaria terremoto de jishin, porque este é o termo em japonês? Não? Então por que você fala tsunami em vez de maremoto?

Coleguinha do Luciano Huck - chacrete ou bolete Zona Sul.

Panicat - para as mulheres, chacretes ou boletes mais bagaceiras. Para os homens, chacretes ou boletes mais "é disso que o povo gosta". 

14 de agosto de 2013

PToffoli


PToffoli: - Posso votar ou não?
 
Barbosa: - Então o faça de maneira séria!
 
PToffoli: - Então presida de maneira séria!
 
Barbosa: - Quem está a dar risadas é o senhor...
 
E com o julgamento dos embargos do Mensalão, a emoção está de volta...